Seu carro tem câmbio automático ou você está interessado em comprar um carro novo com esse componente? Antes de qualquer coisa é interessante que vc saiba como funciona esse importante, útil mecanismo em seu carro.
Na maior parte dos modelos de transmissão automática há travas que impedem o engate ou desengate acidental de P, R, e entre D, 4, 3, 2 ,1. Em alguns modelos basta apertar o botão do lado da alavanca. Em alavancas na coluna de direção, puxe a alavanca em sua direção e depois coloque-a para baixo ou para cima para mudar as marchas. Em outros modelos o botão da alavanca só é liberada após pisar no pedal de freio.
Na maioria dos modelos só é possível dar partida em P ou N e em alguns a chave só sai do contato com a alavanca na posição P. Ao dirigir, varias diferenças deste tipo de caixa de câmbio serão percebidas, o mais estranho é a falta do pedal de embreagem, ATENÇÃO se for a primeira vez que estiver dirigindo, mantenha o pé esquerdo firme no assoalho para não pisar no freio achando que é a embreagem! Dê partida em P, pise no freio normalmente com o pé direito, acione a trava leve a alavanca para R (ré) ou D (drive), largue o freio vagarosamente e com cuidado, pois o carro se movimentará mesmo sem pressionar o pedal acelerador, utilizando apenas o freio para controlar a manobra.
Quando andando para frente não é necessário se preocupar com as marchas na maior parte das situações.
Em subidas íngremes, é possível que o carro recue, então é necessário levantar mais a rotação do motor para o carro se movimentar com uma resposta mais lenta que um veículo equipado com transmissão manual, isto pode gerar um desconforto nas pessoas que não estão acostumadas com o câmbio automático. Não segure o carro na subida acelerando com a marcha engatada, isto danifica o sistema e superaquece o fluido da transmissão. Segure o carro com o freio e acelere somente na hora de movimentar o carro.
Há truques para forçar o engate de marchas. Se o acelerador for pressionado ao máximo, o câmbio reduzirá para a marcha mais baixa possível,reduzindo as vezes até duas marchas (kick down), se o pedal for um pouco aliviado esta marcha permanecerá engatada até que o carro embale ou o pedal do acelerador seja aliviado,o contrário vale para passar marchas acima, por exemplo, se está em primeira marcha a 3000 RPM (Rotações por Minuto), se o pé do acelerador for aliviado, a segunda marcha será engatada, voltando a pressionar um pouco o acelerador a segunda será mantida.
Vale frisar que não há necessidade de tais truques na maior parte das situações, mas são importantes para ultrapassagens.
Quando parado no semáforo procure manter o D engatado, a não ser que vá demorar muito para colocar o carro em movimento (mais de 5 minutos, por exemplo. Com o uso de conversor de torque não há desgaste, mesmo o carro sendo forçado para frente pois é o óleo que está forçando o veículo. A embreagem do conversor de torque (Lock – up) é utilizada apenas quando o carro já está em movimento (a partir de segunda marcha e acima de 50Km/h),com a finalidade de eliminar a perda de potência do acoplamento fluídico que o conversor de torque gera.
Muito importante: em descidas longas, como descidas de serra ou descidas íngremes de baixa aderência, coloque o câmbio em 4, 3, 2 ou 1 para utilizar o freio motor, dependendo da velocidade. Caso contrário o câmbio engatará a última marcha e o carro ficará sem freio motor. Utilizar o freio de serviço em descidas de vários quilômetros provoca seu superaquecimento e consequente perda de capacidade de frenagem do freio de serviço.
Ao estacionar é recomendado, antes de levar a alavanca para a posição “P” , acionar o freio de estacionamento (freio de mão) para o bloqueio das rodas ser feito pelo freio de estacionamento, fazendo com que a trava do park seja apenas utilizada como medida segurança prevenindo trancos ao retirar do “P” e desgaste prematuro do cabo da alavanca.
Vitor Rebelato – Técnico em Transmissões Automáticas
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